E agora isto
a chuva já não passa nos intervalos
onde nada se passa nem espreita ninguém
E agora isto
o tempo já não é o que era
nem há pouco nem há séculos
E agora isto
seguro-te pelas pontas e já não te largo
nunca mais, meu amor, nunca mais, nunca mais
E agora isto
sobra o teu olhar já preso nos meus cabelos
molhado em pesadelos, como se não pudesse respirar
E agora isto
já não sei como partir o ar ao meio
e depois ficar só com metade para mim
E agora isto
já nem morre
nem acaba já aqui
Já agora, queríamos ler mais coisas excelentes como esta, porque a boa poesia nunca é demais!
ResponderEliminarAbraço